terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Esperança

Por Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
- Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Extraído de "Literatura Comentada" - Abril Educação, 1982.
Fotografia: Luciene Honesko

domingo, 7 de novembro de 2010

Eu apenas queria que você soubesse

Composição e interpretação: Gonzaguinha

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte das novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida...


sábado, 23 de outubro de 2010

Múltipla Escolha

Por Lya Luft

"Nossa necessidade de tomar decisões e abrir, se não portas, ao menos portinholas do nosso tamainho, começa na infância, quando nos apresentam duas possibilidades, e temos de escolher: você quer bolo ou sorvete? Quer brincar dentro de casa ou no parque? Gosta mais do papai ou da mamãe? (E outras idiotices que os pais nos propõem.)

Quando adultos, a coisa se complica, e a dúvida cresce conosco: somos quem gostaríamos de ser? Temos opção? Paramos para pensar sobre tudo isso? Aceitamos as regras e comandos da nossa cultura sem hesitar, ou refletimos e às vezes votamos diferente, nos informamos melhor, trocamos de emprego, não nos deixamos explorar, tentamos melhorar nossas capacidades, cuidamos mais de nós mesmos, de nossas amizades e amores?

Quem quer parar para pensar, se há o perigo de desmontar? A reflexão e a quietude têm seu lado bom: é possível fazer algumas análises, mesmo na mais estreita das condições de vida; pode-se questionar, negar ou aceitar, desviar os olhos ou abrir a porta, os braços, a alma. Não somos inteiramente vítimas da família, do governo, do patrão, da mulher ou do marido, da amiga chata ou do falso amigo, nem mesmo disso que chamamos sociedade.

Mas ser vítimas tem suas vantagens, sorri o advogado do diabo. O conforto da futilidade, o útero do esquecimento fazem parte das forças que nos atraem para o fundo dessa escada rolante da vida, que subimos às avessas. Para escapar disso, sabemos bem, “Hay que tener cojones”, como disse, sobre bem diverso assunto, uma diplomata americana.

Primeiro deveríamos descobrir o que está errado em nós, em nossa vida, o que desejamos ou podemos transformar. Ou gostamos de tudo como está, e então já descansamos no vestíbulo do paraíso do contentamento. O que é bem difícil, pois estamos sob o bombardeio de mil questionamentos, mesmo dentro de casa atrás das nossas pálpebras bem fechadas."

Do livro Múltipla Escolha, Lya Luft, pág. 129-130.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Às crianças que habitam em nós

Hoje, 12 de outubro e Dia das Crianças, nos pegamos nostálgicas da época em que nossa maior responsabilidade era brincar, dançar, cantar, rir e se divertir! Claro, dentro de regras e valores familiares. Engraçado que aqueles que viveram a infância nos anos 80 e início dos 90, como nós, parecem unânimes em ressaltar com entusiasmo e orgulho a importância desta época em suas vidas. Basta digitar no Google ou Youtube "infância 80 90" para descobrir uma infinidade de sites, vídeos e blogs focados neste tema.
Brincávamos nas ruas, nas escolas, nos clubes, nas casas dos amigos. De queimada, futebol, pular elástico, empinar pipa, bater bafo, trocar figurinhas e papel de carta, pega-pega, esconde-esconde, stop, bolinha de gude... Enfim, brincadeiras muito simples, mas que estimulavam o companheirismo, o respeito e o raciocínio.
Porém, nossa infância não foi somente preenchida por brincadeiras reais. Talvez mais que nunca, a televisão ocupava espaço e nos levava a um mundo de sonhos e imaginação sem limites. Queríamos ir ao Xou da Xuxa mandar "um beijo pra mamãe, pro papai e pra você" ou estudar na "Escola Mundial" do Carrossel. E todo esse mundo de fantasia contribuiu para a nossa formação.
Não vamos - e muito menos podemos - discutir se a nossa época foi melhor que as anteriores ou posteriores. O que queremos aqui é celebrar uma infância em que fomos verdadeiramente crianças e, portanto, felizes!


Coração Criança
Interpretação: Xuxa
Composição: Michael Sullivan, Paulo Massadas

Coração criança
Sabe aonde encontrar
O mundo real na imaginação
Ver o sol de ouro
Numa bola de cristal
E a chave do tesouro é natural

Não, não diga nada
Se é mentira, se é verdade
A gente só faz o que dá vontade
Nesse faz-de-conta
A cabeça a flutuar
E tudo que era doce então será

Não fala, sente
Não pensa, sonha
Não corra, voa
Não gosta, ama

Coisas que o coração
hoje quer relembrar

No olhar de uma criança
De sonhar jamais se cansa
Num barquinho de papel
No azul do mar

Fonte: http://letras.terra.com.br/xuxa/91248/

São tantos vídeos que nos tocam, que foi difícil escolher um só. Decidimos, então, sugerir 3!




Mais vídeos no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=nkjv--dBZ9o&NR=1&feature=fvwp

http://www.youtube.com/watch?v=WBJvtaRiCmc&feature=related

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ele não pesa. Ele é meu irmão.

"A história conta que certa noite, em uma forte nevasca, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta. Ao abri-la, se deparou com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas um outro menino mais novo. A fome estampada no rosto , o frio e a miséria dos dois comoveram o padre. O sacerdote mandou-os entrar e exclamou :
- Ele deve ser muito pesado!
O que o carregava disse:
- Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain't heavy. He's my brother)
Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua. O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la . E da frase fez-se o refrão . Estes dois meninos, foram adotados pela instituição. É algo inspirador nestes dias de falta de solidariedade, violência e egoismo."

(Autor desconhecido)


He ain' t heavy. He's my brother - The Hollies



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Joia rara!


Só é pérola o grão de areia
que esteve onde não deveria
estar
e resistiu
mesmo sem por seu belo fim esperar.



Naquele ano teve muitos acontecimentos: Salvador Dalí conclui o seu último quadro, The Swallow's Tail. Ayrton Senna venceu o campeonato inglês de Fórmula 3. As músicas “Billie Jean” de Michael Jackson e “Total Eclipse Of The Heart” de Bonnie Tyler estavam entre as mais tocadas nas rádios.
Mas faltava alguma coisa...
O que estava para acontecer era mais importante que música, astrologia, fórmula 1 ou qualquer outra coisa...
Foi numa terça-feira, trinta dias já tinham passados do mês de agosto. O dia amanheceu cheio de alegria porque todos aguardavam ansiosos a sua chegada. Nasceu Maísa, uma preciosa pérola, fazendo jus ao seu nome. Tão sensível e tão valiosa.
Parabéns, para nós, que temos o privilégio de ter você em nossas vidas, Maísa!

Hoje faz lindo dia
Mas não tem a ver com o sol quente
Nem com a brisa fria
É o coração da gente
Que transborda de alegria!
Feliz aniversário, flor do dia!
Tudo de melhor pra você!!!
Fabi

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Autossabotagem

Por Roberto Dantas

"Muitas vezes temos a segurança de que somos donos do nosso próprio nariz, que somos independentes, achamos que fazemos nossas escolhas e opções de forma consciente. Mas escolhemos racionalmente e seguimos por caminhos de vida, tomamos atitudes e assumimos compromissos que, muitas vezes nos levam a fazer um trajeto mais longo do que o necessário, ou mesmo que desvie do objetivo principal. Falo especificamente das situações em que paramos pra pensar e percebemos que estamos perdendo tempo, que não estamos no trabalho que gostaríamos, que não estamos vivendo a vida que queríamos, e, na verdade bastaria uma atitude, uma decisão, uma pequena mudança em alguma área da vida, ou em nós mesmos, e tudo estaria resolvido. "


"...E nunca abandonamos de bom grado um modo de satisfação pulsional, ainda que um outro já se nos acene"(FREUD, 1917)


"A mudança é difícil, mas muito mais difícil é viver com a sensação de não ser autônomo, de não ser independente, de não poder conquistar coisas que desejamos, posições profissionais e familiares sadias e compensadoras. Ainda mais quando entendemos que a resolução destes bloqueios não estão tão distantes de nós, e que temos a chance de tomar as rédeas da vida e modificar nosso modo de ver o mundo, retomar nossos ideais e viver a real busca pela felicidade."





quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Parabéns, Fabi!





Fabi,


Pensei em algum texto que descrevesse o que sua amizade representa para mim.
Mas, sempre que pensava, lembrava de um texto que você já conhece.
Resolvi publicá-lo assim mesmo, pois hoje ele tem um gostinho especial.
Hoje ele é só seu, todo seu!
Muito obrigada por ser a amiga que está sempre ao meu lado, me apoiando e me incentivando.
Você é mais que especial! Você é gigante!
Que continue espalhando essa alegria e luz própria por onde passa (e por onde escreve).

Muitos beijos e um forte abraço,

Ma



O Tamanho das Pessoas (Shakespeare)

O tamanho varia conforme o grau de envolvimento.
Ela é enorme para você, quando fala do que leu e viveu,
quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena para você quando só pensa em si mesmo,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil,
quando fracassa justamente no momento em que
teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas:
A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida,
quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto com você.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento,
pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade:
As pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande.....
É a sua sensibilidade sem tamanho...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Autista Artista. Só muda uma letra.



Se alguém pensou que ver Dustin Hoffman contando palitos esparramados pelo chão era o sumo das habilidades de um autista, esperem para ver o que é capaz de fazer o londrino Stephen Wiltshire, um "artista" -antes que um autista- que desenhou a cidade de Nova Iorque rica em detalhes, em um quadro de quase 6 metros, após observá-la de um helicóptero durante 20 minutos.


O quadro foi elaborado, de cor, no famoso Pratt Institute de Brooklyn, e nele podem ser observados detalhes da cada edifício desenhado em uma escala quase perfeita. Todos os lugares mais conhecidos, como o Empire State Building e o Chrysler Building, podem ser vistos acima dos edifícios menores após somente três dias de trabalho.


Todo o processo artístico foi realizado escutando com atenção seu iPod -a música ajuda, ele diz- e utilizando uma caneta e conjunto com sua memória fotográfica.


- "Stephen primeiro desenha o básico de seu desenho com lápis e depois adiciona pontos de referência antes de completar os detalhes mais complexos", afirma Iliana Taliotis, a educadora que trabalha com Stephen e sua família.





Em sua terceira visita a Nova Iorque, este é primeiro quadro panorâmico que realiza da paisagem urbana mais emblemático do mundo. Stephen considera a cidade seu lar espiritual, já que existem muitas semelhanças entre Londres e Nova York que ele pode relacionar.




"A única diferença é que tudo está em uma escala maior e os edifícios são mais altos e modernos", afirma sua mentora.





Diagnosticado de autismo ainda muito cedo, o talento de Stephen surgiu como uma forma de se expressar. Usando seus desenhos como forma de aprender, Stephen criou uma série de 26 imagens codificadas para lhe ajudar a falar, a cada um dos quais corresponde a uma letra do alfabeto.




Em maio de 2005 Stephen realizou de cor um desenho panorâmico de Tóquio sobre um tela de 15 metros após um curto passeio em helicóptero sobre a cidade. Desde então já desenhou Roma, Hong Kong, Frankfurt, Madri, Dubai, Jerusalém e Londres em telas gigantescas.





Em 2006, Stephen Wiltshire recebeu a Ordem do Império Britânico por seus serviços à arte, o que lhe permitiu abrir sua própria galeria permanente na Sala Real da Ópera de Londres.

sábado, 10 de julho de 2010

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades


Por Luís Vaz de Camões, em Sonetos.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Foto retirada da revista eletrônica Rio Total

quarta-feira, 23 de junho de 2010

23 de junho de 2010: 1 ano de blog!


Bem que dizem que o tempo voa. Parece que foi ontem que decidimos iniciar este blog...
Apesar da correria do dia-a-dia, dos imprevistos, dos dias mais nublados, ele permanece aqui. É como um desabafo, um suspiro, uma vontade de compartilhar emoções. Não temos grandes pretensões. Se o blog já serviu para ajudar alguma pessoa a se sentir melhor e compreendida, nos sentiremos muito realizadas. Temos a necessidade de dividir textos, vídeos e poesias que nos tocam. Assim, formamos um elo de afinidades e nos encantamos mais com o mundo.
Obrigada pela sua visita! Cada pessoa que entra aqui ou deixa um comentário é motivo de grande alegria para nós!

Para celebrarmos este dia, segue um vídeo emocionante! Mais de 30 membros da Cia. de Ópera da Filadélfia em um mercado, como se fossem consumidores comuns. De repente, começam a cantar La Traviata. Vejam...


Vídeo enviado por Karina Sbruzzy

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Conto da Ilha Desconhecida, José Saramago


"A busca de uma ilha que não consta em nenhum mapa é contada neste livro, que tem por trás de seu relato outra busca fundamental sobre o que sabemos e como lidamos com o desconhecido. Um homem vai ao rei e lhe pede um barco para viajar até uma ilha desconhecida. O rei lhe pergunta como pode saber que essa ilha existe, já que é desconhecida. O homem argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas.
Seu sonho, no entanto, parece cada vez mais distante. Os geógrafos do rei tentam dissuadi-lo, pois já não existem ilhas por conhecer; os marinheiros recusam-se a embarcar na aventura, o mar parece tenebroso...
Este pequeno conto de José Saramago, de 1998, pode ser lido como uma parábola do sonho realizado, isto é, como um canto de otimismo em que a vontade ou a obstinação fazem a fantasia ancorar em porto seguro. É um livro que nos leva a “navegar” para além do real, de uma forma simplista e conseguida. Antes, entretanto, ela é submetida a uma série de embates com o status quo, com o estado consolidado das coisas, como se da resistência às adversidades viesse o mérito e do mérito nascesse o direito à concretização. Entre desejar um barco e tê-lo pronto para partir, o viajante vai de certo modo alterando a idéia que faz de uma ilha desconhecida e de como alcançá-la, e essa flexibilidade com certeza o torna mais apto a obter o que sonhou."

Página Fonte e conto na íntegra: http://www.estudeonline.net/resumos_livros.aspx?cod=32

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Elegância do Comportamento

Por Martha Medeiros


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detecta-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.

É elegante a gentileza...

Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.

Abrir a porta para alguém... é muito elegante.

Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.

Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação,

mas tentar imita-la é improdutiva.

A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.

Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.

Texto enviado por Thaís Araújo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Era da Correria

Por George Carlin


Nós bebemos demais, gastamos sem critério. Conduzimos depressa demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, vemos televisão demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.
Nós falamos demais, amamos muito raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida, mas não a vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planeamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a apressar-nos mas não sabemos esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande e de carácter pequeno; de lucros acentuados e de relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, de vários divórcios, casas chiques e de lares e corações despedaçados.
Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e de muito, muito pouco na despensa.
Uma era que leva esta carta até si, e que lhe permite dividir esta reflexão ou, muito simplesmente, clicar na tecla 'delete'.
Lembre-se de passar algum tempo com as pessoas que ama, pois elas não vão estar aqui para sempre.
Lembre-se de dar um abraço carinhoso aos seus pais ou a um amigo, pois não lhe vai custar sequer um cêntimo.
Lembre-se de dizer 'amo-te' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... ame muito…
Um beijo e um abraço curam a dor, sempre que emanam bem lá de dentro, do fundo de si mesmo. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado, sempre!

Texto enviado por Fabiana Moreno.

domingo, 9 de maio de 2010

Obrigada, Mãe!

Vídeo de boas-vindas exibido a bordo dos vôos da TAM em maio de 2010.
Publicado por Folha Online

Ivete Sangalo fala sobre a emoção de ser mãe.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Você é Fã de Quem?

Por Leda Nagle

Eu, por exemplo, comecei cedo... E com os cantores... Conta a minha mãe que, aos quatro anos de idade (isto mesmo, 4 anos) eu pedi meu primeiro disco: era Cauby Peixoto, cantando "A Pérola e o Rubi". Adoro a música até hoje (o que acentua uma característica minha, a fidelidade) e que não esconde meu gosto "popular" ou "cafona", como queiram...
Ainda na infância fiz outra escolha defintiva. Quando vi o Dida jogar descobri meu time e sou Flamengo até hoje... Aliás o Zico também é Flamengo por conta do talento do Dida...
No final da adolescência me apaixonei pela música "Teletema"(Antonio Adolfo e Tibério Gaspar) e também adoro esta música até hoje... Outro dia ouvi numa novela, não me lembro qual...
Quando já estava decidida a ser jornalista me encantei com o texto de um cronista esportivo que depois se tornou um grande escritor, Roberto Drumond. As colunas dele falando do Atlético no jornal Estado de Minas foram muito importantes na minha escolha profissional. E um dia, nervosa, conheci Roberto. Depois o entrevistei muitas vezes, ele sempre generoso, amigo, grandes conversas... Mas, logo na primeira, ele me aconselhou a ter cuidado com a escolha dos ídolos e disse que os dele, eram os escritores latino americanos, que provavelmente não encontraria e, por conta disto, também não se decepcionaria...
Nunca me esqueci a recomendação mas sempre me permiti, ao longo da vida, gostar mais de uns que de outros. Sempre entevistando todos.
Muitos entrevisto. Muitos entrevisto e gosto. Muitos entrevisto e sou fã. Exemplos? O poeta Drummond, Lia Luft, Nélida Pinon, Maria Bethânia, Alcione... E vou parar por aí...
Alguns nunca entrevistei, nem posso me considerar amiga mas tenho uma profunda admiração. Quem? O Boni, por exemplo. É um gênio. Sabe tudo de televisão. Fico tímida perto dele, mal consigo falar, acho mesmo que tenho um ataque de burrice que não me permite ser nem medianamente inteligente perto dele... E toda vez que o vejo me lembro do Roberto Drumond...
Ontem li o Boni, aqui no bloglog, e ele me citou... E eu fiquei feito criança no exato instante em que ganha o brinquedo desejado.... Ou como dizem os mineiros, fiquei boba e feliz e contei pra todo mundo da minha equipe... E me lembrei do Roberto Drumond de novo... E resolvi me entregar... Afinal, blog não é também um confessionário moderno?
Então, fica a pergunta:
- Você é fã de quem?




Página Fonte: Blog da Leda Nagle

Texto enviado por Bruna Jardim.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Blackbird

Por Sungha Jung


Sonhar está na essência
Acreditar está na autoconfiança
Alcançar está na persistência.

Pegue estas asas quebradas e aprenda a voar
Você só estava esperando este momento para decolar
Você só estava esperando este momento para ser livre
Você só estava esperando este momento chegar.


Adaptação da música Blackbird - The Beatles - por Maísa e Fabi.

terça-feira, 16 de março de 2010

Sonho de Ícaro

Sonho de Ícaro

Por Fernanda Huguenin

Ícaro é uma personagem da mitologia grega. Filho de Dédalo, um brilhante inventor, encontra-se exilado junto ao pai na ilha de Creta. Dédalo elabora um plano de fuga. Constrói asas para ambos, cujas penas são coladas com cera. Avisa ao filho que durante o vôo ele deveria manter-se nem muito rente ao mar (pois a umidade pesaria as penas), nem perto do sol (pois o calor derreteria a cera). No entanto, inebriado com a sensação de liberdade e diante da paisagem vista do alto, Ícaro eleva-se esquecido da recomendação do pai. Ao olhar para trás, Dédalo vê penas boiando no mar. Ícaro caído estava morto.

Penso que este mito pode ser lido de duas maneiras. Uma moralizante: Ícaro ousou romper com as regras em nome de seu desejo e por isso foi punido. Como dizem ditados populares, ele “quis dar um passo maior do que a perna” ou “quanto mais alto o coqueiro, maior o tombo do coco”. A outra leitura é vê-lo como audaz, destemido, impetuoso. Uma daquelas pessoas que “botam a cara na reta”, assumem os risco e, por isso, às vezes petiscam.

Entre as perspectivas, fico com a segunda. Pois penso que há também duas maneiras de encarar a vida: ou somos vítimas das circunstâncias ou somos seus agentes. O que seria Ícaro senão um frustrado se tivesse deixado de voar em nome da obediência as regras? Seria, como tanta gente por aí, um recalcado a lastimar os acontecimentos, achando que o mundo é injusto consigo. Mas o Ícaro agente de sua história e de seu destino pode se olhar no espelho com a dignidade dos combativos, mesmo quando vencidos. Sim! A vida dói, mas torna-se deliciosa quando se lha enfrenta de cara.
Caso contrário é pura neurose: a mentira contada para si mesmo e crida como verdade.

O sol que derrete as asas de Ícaro é apenas uma metáfora. O sol poderia ser Deus. Poderia ser o amor. Poderia ser a justiça. Cada um de nós sabe o que busca e imagina o cenário visto do alto do que espera encontrar. Eu busco a liberdade “… essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda…”, como a definiu Cecília Meireles. A paisagem que imagino ver é um mundo livre, onde as relações humanas sejam mais igualitárias e respeitosas.

Página Fonte: http://www.fmanha.com.br/blogs/ocrueocozido/?p=122#comments

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Cisne



Esta vontade de avançar
pelos feixes do que será realizado
lembra um cisne, altivo a caminhar.

E a vida – esse tudo a buscar
de um chão diariamente repisado -
lembra a sua angústia, vontade de saltar.

Sob sol e chuva
que recebe sua sede, seu pranto
algo virá logo em seguida.
Às vezes calma, sempre majestosa
Outras vezes agitada, mas generosa.
Aguarde o que te guarda... O recomeço de uma vida.

Original: Rainer Maria Rilke
Adaptação: Fabi

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Epicuro e a Felicidade

Via blog Tudo é espanto.
22/fev/10

Para algumas pessoas, refletir sobre a vida e o mundo que nos cerca pode ser perda de tempo. Para nós, a filosofia desde muito cedo tornou-se mais que um gosto, uma necessidade.
Entender um pouco mais sobre nossos pensamentos, sentimentos e descobrir pessoas que há séculos conseguiram encontrar respostas às perguntas que fazemos até hoje, é para nós uma grande alegria!
Para aqueles que gostam de filosofia ou mesmo para quem a considera prolixa, sugerimos que vejam os vídeos abaixo, publicados no blog de nossa querida amiga Adelidia (http://tudoeespanto.blogspot.com/).
Encantadores!

Beijos,

Maísa e Fabi



Veja também:


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A História dos Camelos


Uma camela e seu filhote estavam à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:

_ Mãe, mãe, posso lhe perguntar algumas coisas?


_ Claro! O que está incomodando o meu filhote?

_ Por que os camelos têm corcova?

_ Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água!

_ Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?

_ Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que qualquer um!

_Tá... Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.

_ Meu filho, esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto!

_ Ahhh! – concordou o camelinho.

_ Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto.

_ Isso mesmo, meu filho!

_ Então... o que estamos fazendo nesse tal de zoológico?

MORAL DA HISTÓRIA: "Não adianta você ter tudo se você não está no lugar certo!"

Você está no lugar certo?

sábado, 30 de janeiro de 2010

Volta às Aulas

Por Stephen Kanitz

Jamais esquecerei o meu primeiro dia de aula na Harvard Business School. No dia anterior recebemos 90 páginas descrevendo três problemas administrativos que haviam ocorrido anos atrás em empresas verdadeiras. Tínhamos 24 horas para tomar uma série de decisões, utilizando as mesmas informações disponíveis da diretoria da época. Era um problema por matéria, 3 matérias por dia.
O primeiro caso do dia tratava-se de uma empresa controlada por dois irmãos, bem sucedida por trinta anos, até o dia em que um deles se desquitou e casou com uma moça vinte anos mais jovem. Esse pequeno fato desencadeou uma série de problemas que afetava o desempenho da empresa. Nós éramos os consultores que teriam de sugerir uma saída.
No primeiro dia, na primeira aula, o professor entrou na sala e simplesmente disse:
- Sr. Kanitz, qual é a sua recomendação para esse caso ?
- Por que eu ?
As aulas a que eu estava acostumado em toda a minha vida de estudante consistiam num bando de alunos ouvindo pacientemente um professor que dominava as nossas atenções pelo resto do dia. Simplesmente, naquele fatídico dia, eu não estava preparado quando todos viraram suas atenções para mim - e, pelo jeito, eu é que teria de dar a aula.


Stephen Kanitz é administrador por Harvard (http://www.kanitz.com/)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1636, ano 33, nº 07, 16 de fevereiro de 2000, página 21

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sin Límites

Por Abi May

Aunque no recuerdo haber visto nunca un circo de pulgas —antiguo espectáculo callejero protagonizado por esos insectos—, encontré un artículo fascinante sobre cómo las entrenan.

Las pulgas son capaces de dar enormes saltos para lo pequeñas que son. Para amaestrarlas las colocan en una cajita o en un frasco. Si éste no tuviera tapa, las pulgas se escaparían fácilmente de un salto. Así que el entrenador coloca una tapa y espera.

Dentro del recipiente, las pulgas saltan, ansiosas por escapar. Se dan contra la tapa y vuelven a caer. Una y otra vez, saltan, se pegan contra la tapa y vuelven a caer. Al cabo de un tiempo, ya no saltan tan alto. Llegan casi hasta la tapa, pero sin tocarla.

Pasado un tiempo, el entrenador retira la tapa. Si bien las pulgas podrían escapar fácilmente, ni siquiera hacen el intento. Se han acostumbrado a saltar sólo hasta cierta altura. Han llegado a la conclusión de que ese es su límite, de que no pueden hacer más, y no tratan de superar esa barrera. La libertad está apenas a un salto de distancia, pero las pulgas no dan ese salto. «¡Qué pulgas tan estúpidas! —pensamos—. Tienen tan poca inteligencia que no se dan cuenta de que el frasco está destapado».

Sin embargo, reflexionando un poco, nosotros mismos a veces también nos dejamos coartar por barreras imaginarias. Si luego de algunos intentos, fracasamos, se nos derrumba la confianza. Así, la próxima vez que se presenta la ocasión de hacer algo nuevo o de mayor envergadura, no nos animamos a abordarlo por considerarnos incapaces.

La vida está llena de oportunidades de hacer borrón y cuenta nueva y empezar de cero. Para qué dejar que los reveses sufridos o errores cometidos —al igual que la tapa inexistente del frasco de las pulgas— nos impidan saltar. ¡No aceptemos límites imaginarios! Con la ayuda de Dios podemos alcanzar nuevas alturas.

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